domingo, 9 de novembro de 2014

História das letras



O alfabeto é uma forma de registrar uma língua cujos caracteres (as letras) procuram corresponder a um respectivo fonema. Mas essa correspondência não é perfeita. Em português, por exemplo, temos letras que podem representar fonemas diferentes, como a letra "x" (exemplo, enxame, próximo); letras que representam mais de um fonema ao mesmo tempo: novamente o "x" (táxi - "táksi"); fonemas que são representados por várias letras: rosa ("z"), zebra ("z"), exame ("z"); isso sem falar dos dígrafos.
A escrita alfabética se opõe a outras formas de escrita, como a ideográfica (saiba mais no quadro Outras formas de escrita), usada em vários países do extremo oriente, e a outras formas menos comuns. Ademais, existem outros alfabetos além do alfabeto latino como, por exemplo, o alfabeto grego e o cirílico latino como, por exemplo, o alfabeto grego e o cirílico.


Origem


A história de nosso alfabeto remonta à metade do segundo milênio antes de Cristo e a um povo de origem semita, os fenícios. Esse povo se caracterizava por uma cultura comercial marítima muito forte e chegou a formar colônias por todo Mediterrâneo, inclusive na península Ibérica, o ponto mais ocidental da Europa. Com o objetivo de facilitar a comunicação e, consequentemente, o comércio, surgiram, na cidade fenícia de Biblos, as primeiras manifestações escritas que acabariam por formar o alfabeto fenício, que se espalhou Mediterrâneo afora. A língua fenícia era representada por 22 sinais gráficos - apenas consoantes, já que a língua era de origem semita e, portanto, as vogais eram inferidas pelo contexto. Seria como se escrevêssemos "Brsl" no lugar de "Brasil".
Com a divulgação desse alfabeto, os gregos se apropriaram dele e o adaptaram para sua língua. Tal processo foi lento. Acredita-se que, no final do século V a.C., a cidade de Atenas, grande centro cultural da civilização grega, oficializou a adoção da escrita alfabética. A grande mudança que os gregos fizeram foi a inserção das vogais. Para isso, eles excluíram alguns caracteres usados para sons guturais (produzidos no fundo da garganta), que não existiam na língua grega, e aproveitaram para representar os fonemas vocálicos. De igual modo, oCom isso, chegamos ao alfabeto grego tal o conhecemos ainda hoje - a única diferença de lá para cá é a pronúncia de algumas letras.s gregos criaram símbolos para representarem os fonemas aspirados que não existiam na língua dos fenícios.

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